domingo, 2 de novembro de 2008

A história da família Figuras de Linguagem

Esta família habitava uma região do interior do Brasil, mais precisamente nas margens do Rio Páramo, onde hoje é o município de Casca de Macaúba, entre o Espírito Santo e Minas Gerais. Figuras semânticas e sintáticas, foram um dos primeiros colonizadores vindos da Itália que ajudaram a fincar raízes e a prosperar a muito custo aquela região.

O Patriarca desta família era senhor Metonímia, grande homem, um trabalhador nato, “sobre o seu teto não faltava educação e disciplina”. Sua esposa Metáfora, sempre esteve ao seu lado, cuidava da família com mãos de santa. Seus filhos eram: Catacrese, que durante a infância tinha o estranho hábito de quebrar os pés das mesas, casado e vivendo entre o amor e ódio com Antítese, quase não eram vistos juntos. Antonomásia, que nasceu ainda na terra do macarrão, casada com Diácope que ele apenas ele, reformou o casarão da família. E Sinestesia, que irradiava luminosidade durante os trabalhos diários com a maciez do barro na confecção dos utensílios da família, entrou num convento de freiras que anos mais tarde abandonou e ficou a cuidar de seus pais.

Seus Tios eram por parte de pai, Hipérbole, que por mais de mil vezes ajudou a família a se refugiar das cheias do rio Badaró, casado com Apóstrofe, mulher muito religiosa, que fazia questão de dizer durante o dia : “Oh Deus! tem piedade de nós”. Hipérbato que coincidentemente também tinha o mesmo costume, a sua era: “das minhas coisas cuido eu”, casado com Gradação que sempre que chegava de alguma viagem distante parecia não conhecer ninguém, ficava quieta, depois de um tempo começava a conversar e alguns dias mais tarde já estava a dançar sozinha pelo velho casarão. Silepse adorava literatura, para ele “Os lusíadas” glorificou nossa literatura, casado com a excelente Dona Ironia mestra na arte de judiar das crianças. Pleonasmo era o mais ausente, sua ausência era sentida nas reuniões matinais da manhã por todos da família, tanto que morou sozinho e não se casou.

Por parte de Mãe tinha Dona Anáfora que era uma ilha cheia de graça, ilha cheia de amor, ilha rodeada de gente envolta, viúva de Eufemismo que foi morar com Deus depois de tentar cruzar o deserto de Braga. Prosopopéia que se portava como um jardim, olhando as reuniões da família sem dizer uma palavra, casada com Assonância um mulato nato no sentido lato mulato democrático do litoral, o que na época era uma união incomum. E Paradoxo que sabia tudo de construção de canoas, mas não sabia nadar. E Tinha que aturar os roncos de sapo croâ, croâ, croâ!... de sua esposa Onomatopéia depois dos almoços de domingo.

Já o resto da família fica para uma outra história

Entendeu minha linguagem?

Seu figura!



Gilberto, Gilberto Granato é parente de Epizêuxis.

Um comentário:

Unknown disse...

Ahahah; Esta aí foi na onda do baseado!!!
Que tal formar um casalsinho daqui a um ano. O Otto já existente e a próxima filha sua, a silepse. Ou seria melhor prosopopéia???
Falou Arawâkanto'i!!!