quinta-feira, 20 de novembro de 2008

A astronauta

Vocês viram?

Na estação espacial internacional, uma astronauta não identificada pelos meios de comunicação, cometeu um erro típico do sexo não masculino. Ao destravar um painel solar, espirrou graxa, vê se pode! Na sua roupinha branca de “Astrogirl” espacial e a bolsa cheia de ferramentas siderais e mais batom, presilha de cabelo e remédios de dor de cabeça, foram para o ar, ou melhor, para o espaço mesmo. A sorte é que essa turma que gosta de ir a lua, é bem prevenida e tinham outra bolsa mais enxuta para repor. Ao analisar este episódio comecei a pensar no verbo perder.

Fui ao dicionário. Não aquele de papel, grosso, compacto, maciço, que era feito para atender a estudantes, professores e aos consulentes em geral da língua portuguesa falada hoje no Brasil. Ao qual sempre necessitei da ajuda da minha Mãe (catálogo telefônico ainda careço) para me ajudar a encontrar palavras. Agora fui ao da internet. É rápido, te conjuga o verbo se você quiser, imprime, envia para um amigo e te da ajuda sem cobrar depois. Hoje em dia, mais moderno, também atende a pessoas com insônia, curiosos, mulheres providas de cabelo cor loiro médio, dourado, claro, mel, servidores públicos, astronautas e cronistas de meia tigela...

E lá, o significado de "perder" traduzido para a nossa protagonista é:

Ser privado de coisa que possuía, (é difícil recuperar as coisas no espaço!)
Deixar de ter, (a bolsa)
De gozar, (será que tinha objeto vibratório lá dentro?)
Não aproveitar, (agora quem manda na estação são os homens e não se fala mais no assunto)
Deixar fugir, (o futuro na carreira espacial)
Dar cabo de, (?)
Dissipar, (o dinheiro investido nas ferramentas)
Destruir, (o churrasco da família no retorno da nave)
Causar a ruína de, (ela mesma! Oras!)
Conduzir a perdição, (o chefe da missão)
Corromper, (a harmonia da equipe)
Desgraçar, (a futura ida de mulheres ao espaço)
Desmerecer, (promoção e aumento de salário)
Descair no conceito, (dos escritores que fingem ser machistas)
Sofrer dano, (de astronautas fundamentalistas)
Quebra ou diminuição de, (sua estrutura óssea uai! não está no espaço? Oras!)
Esquecer-se de, (pedir desculpas em público)
Deixar de observar, (os homens fazendo o conserto)
De seguir, (dando palpites)
De prestar atenção a, (aula que é dada aos astronautas antes de decolarem poxa!)
Empregar sem proveito (o tempo, o esforço etc;). (isto mesmo etc... etc... e reticências...)

Até aí minha cara astronauta não identificada, tudo bem. Foi só um conselho do dicionário virtual, ou melhor, espacial neste caso. Mas se por acaso um destes objetos também não identificados vierem a cair em cima de minha cabeça ou nos meus pés de alface no quintal, aí não vai ter colher de chá não! Eu não irei mais ao prático pai-dos-burros on line. Vou é procurar o meu advogado espacial on terra!

Te cuida!



Gilberto Granato.

2 comentários:

Unknown disse...

O amigo agora anda antenado em todas as notícias mesmo, não?! Até batom perdido no espaço!
Já as minhas anteninhas de vinil a la Chapolim apesar de ser parabólica não está captando nada, pois fico na internet enquanto uma invasão indígena ocorre na televisão do posto de saúde. Assisto ao meu jornal quando o horário de verão e o fuso horário não me pregam peças, o que ultimamente tem pregado muito. Nunca vi jornal nacional passar de dia??! É, aqui passa! Quando vou ver, a Donatela já está na tela... fui

Unknown disse...

Gil, em relação ao blog do terra. Realmente o comentário só tem um só, só que lá na gerência tem um campo de estatística que indica quantas pessoas entraram no seu blog, no dia e no mês, e não existe esse negócio de promoção e propaganda lá não. Pelo menos nunca recebi nenhuma. Acho que a maioria lê mas não envia comentários por preguiça. E de qualquer maneira é mais um espaço de divulgação da nossa escrita. Assim fica mais fácil te acharem..]
Fui.........