quarta-feira, 3 de setembro de 2008

A democracia tarda mas não falha


A Democracia é o regime de governo onde o poder de tomar importantes decisões políticas está com os cidadãos, direta ou indiretamente, por meio de seus representantes eleitos. Isto todos brasileiros mesmo sem saberem o conceito, sabem. É só a coisa apertar que o cidadão fala: cadê os meus direitos?. Surgiu Em 507 a.C., quando Clístenes assumiu o comando de Atenas e realizou um vasto programa de reformas, no qual se estendeu os direitos de participação política a todos os homens livres nascidos em Atenas: os cidadãos. Desse modo, consolidava-se a democracia ateniense, com algumas restrições, mas foi o pontapé inicial. Foi de lá que surgiu a palavra “Demos” – povo e “Kratein” – governo e mais tarde a frança através da sua revolução iventou a moderna: Igualdade, Liberdade e Fraternidade, lembram?

A partir de Atenas tivemos várias outras correntes de governo: totalitarismo, ditaduras, anarquismo, teocracia, oligarquias... mas a forma democrática de se agir, vem tomando conta do mundo. E se não tomar, os Estados Unidos iventa uma “desculpa” e acaba com a festa não democrática (que diga o afeganistão, o iraque e ultimamente meteu o nariz até na Georgia). Até a democracia corintiana existiu na década de oitenta, liderado por um grupo de futebolistas politizados: Sócrates , Wladimir, Casagrande e Zenon, constituindo o maior movimento ideológico da história do futebol brasileiro. Bem não vim explicar a democracia, muito menos discutí-la, isto é uma crônica lembram?, pois esta começou em um churrasco...

Primeiro, é bom registrar que os ambientes mais democráticos que conheço são a Igreja e o boteco, Isto mesmo, pois lá todos são iguais: o andarilho e o “doutor” tem os mesmos direitos e discutem os assuntos da vida de igual para igual. Não era um boteco, mas um churrasco de dia de domingo. E entre goles de cerveja e pedaços de carne o assunto chegou na política (roda de cerveja que se presa fala de política). Tinha um “adulto médio” vamos dizer assim, de barbas, cabelo e sombrancelhas loiras, que insistia em dizer que era descendente de italiano, mas tenho para mim que os seus tataravós tinham um pé na escadinavia.

Nas últimas eleições, o nosso “escandinavo” em um dia de fim de semana pela manhã. Foi abordado por um político, destes sem caráter e sem vergonha na cara, que ofereceu vinte reais pelo voto de nosso amigo “noruegues”. Ele aceitou, talvez por dificuldade financeira, dinheiro fácil (ninguém garante que ao receber propina você vote no dito-cujo, exceto no zimbábue que tem que assinar a cédula) ou talvez já estivesse acostumado a esta prática coloquial da politicagem de interior. Ele não pensou. Mas durante o dia foi assistir um jogo de “bola de massa” ou bola de couro, pau, bocha como queira, em um boteco dos interiores de Castelo e lá investiu seus 20 contos em alguns pedaços de carne de porco, pagou algumas doses para os companheiros e tomou seus 21 conhaques. O que deve dar bem mais que meia garrafa.

Com as sucessivas investidas a cada gole. Seus giros cerebrais começaram a se mobilizar e tomaram conta do seu consciente, causando uma verdadeira “revolução democrática endócrina”, onde todos integrantes de seu corpo (agora “conscientes” pelo álcool), queriam de volta: o caráter, a dignidade e a liberdade.

Foi quando entrou ao bar um político (outro político) atrás de conversa e votos. O canditato tomava voz e não deixava os outros falarem, até que nosso amigo “Sueco”, já contaminado por sua revolução gritou em meio a todos: Nós não votamos em você não, pois você só vem em época de eleição, eu prefiro votar no “Dupato” que não sai daqui deste lugar!!! (Dupato era um saudoso moribundo que a quinze anos frequentava e dormia no bar, com suas pernas carcomidas por parasitas). O canditato olhou aquilo e deve ter pensado: E minha moral? Partiu para cima do “Dinamarques” e a turma do abafa controulou os dois, que com as suas mãos direitas na cintura (segurando as pistolas) se comprimentaram com as esquerdas meio a contragosto e a partir disto o papo tomou rumos mais reiais, talvez, tenham discutido os reais problemas da comunidade, ou a falta de caráter dos políticos corruptos ou o amargo sabor dos conhaques de boteco
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Esta semana, passando de carro pela rua, encontrei nosso amigo “Islandes” ele é um homem liberto, sorri e conta este episódio para todos com orgulho, e o melhor: É candidato a vereador nas próximas eleições!

Salve Jorge, salve a Escandinavia, Salve a Democracia!


Gilberto Granato

2 comentários:

Anônimo disse...

Democracia??? No Brasil??? Estou nesse momento,sendo forçado a ouvir um "jingle" de um sujeito, a todo volume, dizendo como ele é bom candidato...ja começa errado...hehehehehe
Abraço

Digão.

Unknown disse...

Situza para Prefeito de Campos dos Goytacazes!!!!!!!!!! Do pó ao pó, este é o seu slogan!