domingo, 7 de setembro de 2008

Conversando com o sol


O sol é a estrela mais próxima de nós. Todos os planetas do seu sistema (sistema solar) giram desatinados ao seu redor, ou seja, ela é quem manda e nós seguimos suas regras. Tem 332.958 vezes a massa da terra (como somos pequenos) e já não é tão novo assim tem mais de 4,5 bilhões de anos. Já é um bom velinho, portanto lhe devemos respeito.

Para quem tem residência fixa. Deve observar, que durante o ano devido ao movimento de translação da terra, as áreas ensolaradas de sua casa, assim como, o local de nascimento do sol muda. Este maravilhoso fenômeno que dura 365 dias e algumas horas chegou ao ponto de mexer comigo.

Sempre antes de dormir (sempre do lado esquerdo da cama) fecho as persianas e deixo uma pequena fresta central, para que a claridade do amanhecer entre ao quarto e nos convide para mais um dia. Mas é exatamente neste mês, que os raios de sol ao nascerem atrás das montanhas, passam pela fresta da varanda e incidem diretamente na minha bochecha direita, causando um leve rubor, me fazendo virar de lado. Este aquecido fenômeno me deu a liberdade de levantar às seis horas da manhã e dialogar com o nosso caloroso velhinho:

- Bom dia, Sol?
- Bom dia? O que é isto? Quem está falando?
- Sou eu morador da terra. É assim que cumprimentamos e te chamamos aqui. Sol.
- Á ta! Agora me lembro. Terra minha querida, esqueci que seus filhos se comunicam.
- Então não há outras formas de comunicação em nosso, ou melhor, seu sistema?
- Não, apenas o silêncio e o barulho dos astros. E mesmo na terra, são poucos que conversam comigo. Só lembram de mim no verão ou quando as nuvens se metem entre nós.
- Mas o senhor não é parente das nuvens?
- Não, faz muito tempo que não nos falamos mais. Mas porque me chamam de Sol?
- Não sei. É assim que ensinam pra gente. Tem iogurte, cerveja, mascote, carne e até gente que leva o seu nome.
- É mesmo! Que consideração.
- Diferente de plutão. Que quase não é lembrado, não é?
- É mesmo. Plutão se tornou uma astro muito frio. Agora só fica sozinho ouvindo música e cuidando de sua atmosfera.
- É, ele deve ter ouvido o que falaram dele aqui na terra.
- É, O quê?
- Por aqui, passaram a chamá-lo de planeta anão e plutóide. Coisa da União Astronômica Internacional!
- Que sacanagem!
- Mas e a lua. Ela é seu parente?
- Á... Eu e a lua somos grandes amigos. Temos mais ou menos a mesma idade, mas a rotina galáctea nos deixa as vezes meses distantes.
- Á.. Entendi, quando vocês se vêm acontecem os eclipses solares e quando estão longe os lunares.
- Eclipse? O que é isto.
- deixa pra lá. Outra hora eu explico.
- Senhor Sol. Eu já vou indo, pois tá ficando difícil de olhar pro senhor e está um pouco quente, vou tomar um banho, mas amanhã você chega ao mesmo horário?
- Uns segundos de diferença.
- Então te aguardo e manda um abraço caloroso lá pro outro lado do mundo!
- Certo meu jovem, Até logo....
- Até!...
(Esse Sol é um grande cara!)



Gilberto Granato.

2 comentários:

Anônimo disse...

Pô,Gil, que papo interessante!!!
Achei muito legal esse "monólogo" entre vc e o nosso grande Astro Rei, o Sol.Só que fiquei um pouco triste nessa crônica,é que percebi que vc troca mais idéias com o Sol do que comigo, mas tudo bem, depois a gente revê essa estória.
Um grande beijo.
Michele.

Unknown disse...

Que foto einh?! Isto é que ser acordado pelo sol. A julgar pelo comentário da sua cunhada, vc conversa tanto com ela quanto eu converso com o meu cunhado.