sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

Marimbondo no quintal

Éh meu leitor. Pode chamar também de caba, vespa, artrópode, tanto faz. A cultura de medo que eles provocam é a mesma. Quem é que tem uma casa de marimbondo no quintal? Ali bem bonita para as visitas verem? Para todo dia de manhã ficar admirando comendo seu pão com manteiga? Para bater no peito e dizer eu tenho? Ninguém quer ter não é? Pois agora eu tenho e se você é um desses que vive com medo borrifando inseticida doméstico por aí, pode continuar a ver o mundo animal pela TV, oras bolas.

Eu vi as primeiras chegando. Fizeram a fundação seguindo a geometria analítica de seus hexágonos de barro uns sobre os outros, depois vieram mais e a coisa foi se transformando em um verdadeiro mutirão, tomando forma, virando uma espécie de casa de cupim. Isto dias antes da histórica enchente, elas já sabiam que ela chegaria, nós ignaros não. Todos são unânimes em dizer que é Tatu. Isto mesmo, da espécie Tatu. azulados bonitos. Todos são unânimes em dizer para eu tirar elas de lá. Um disse que já foi picado e foi para o hospital, outro falou que é coisa do diabo, um ficou afônico quando viu e saiu em retirada. Agora estão fazendo o segundo andar, a família está aumentando! Encontraram local seguro. Será que elas investigaram minha vida antes? Sabiam do meu perfil: “pode chegar a casa é sua”. Estou intrigado com a inteligência dos marimbondos. Medo? Não, não... Ultimamente tenho achado que toda experiência é valida, contribui, amadurece. Quando passo em baixo de sua casona acelero o passo só um pouquinho. Medo? Não, não é só precaução, conheço pouco esta tribo...

Amanhã mesmo vou providenciar uma prometazina injetável (anti-alérgico) só por via das dúvidas sabe se lá entende.

Medo?

Não, não é só uma pontinha de receio.



Gilberto Granato

Um comentário:

Unknown disse...

Saiba que é abelha que dá mel!!!