domingo, 15 de fevereiro de 2009

Dieta balanceada

Não ligo muito para esse negócio de maneirar na comida e também não aprecio estes alimentos tipo light, diet, in english com gosto de dipirona sódica. Como seguindo a filosofia indígena, “como hoje sem me preocupar com amanhã”. E daqui uns dias quando o médico me chamar a atenção sobre o assunto, paro pra refletir melhor.

Ontem na hora do almoço, já estava lá a minha cuidadosa empregada (para alguns etiquetados secretária) fritando um ovo para mim espontaneamente, ato que vem se tornando rotina em minha alimentação, influência mineresca pura. Só pedi que acrescentasse um queijo por cima, e ela não titubeou, pôs sem miséria, como a minha mãe sempre fez. À noite eu e minha consorte rachamos um popular “mexidão”. Acrescentei para dar um toque mais colorido e protéico três ovos sem as cascas é claro meu famigerado leitor. Aí você come e relembra das advertências proféticas dos avós dizendo que comer ovo demais fazia mal a saúde ou da ala conservadora moderna ponderando o consumo por no máximo três por semana. Beleza, já disse que pratico a patuscada alimentar indígena. Mas aí a noite, ligo a TV na hora do telejornal só para variar e ta lá a matéria sobre um grupo de cientistas britânicos, que através de estudos descobriram que o colesterol do ovo é insignificante do ponto de vista clínico, portanto tornado-o inocente, puro, livre, quase um virgem, passando todo o mal para os sempre mal vistos: fumo, sedentarismo, obesidade etc... Veja só! Pensei instantaneamente nas milhares de pessoas deste planeta que já dispensaram aquele ovinho frito em cima do arroz só por causa de várias destas crenças populares.

Hoje amanheci com mais saúde! Cheio de albumina, aquela gema toda me trouxe bons sonhos e a clara... Ah a clara! Nem te conto, também estava nos meus sonhos, mas outra hora te conto essa omelete. Na hora do almoço fui incumbido de trazer as reservas protéicas, passei no supermercado e comprei um “galetinho” assado na hora, quentinho, com rodelas de cebola por cima. Se sou o dono do supermercado colocava do lado, talheres de prata a preços exorbitantes, tenho certeza que seriam vendidos, besteira! Galeto com fome se come com a mão mesmo segundo a entusiasmada menina do caixa. Já na mesa abocanhei praticamente um hemi-galeto, isto mesmo metade dele e a pele, sabe aquela pelinha dourada e crocante que fica por cima da carne, já ela eu passei do meio de campo e só deixei as da coxa do outro lado encobertas para não ficar muito indecente. Muito bem, me senti um índio xavante.

Agora estou escrevendo este texto só para passar o tempo, pois na verdade estou mesmo é esperando a hora do telejornal novamente, para ver se os cientistas britânicos descobriram mais alguma coisa. Agora sobre os benefícios da pele douradinha e crocante do galetinho de supermercado.

Rrrrrrrrrrrrrr!!!...

Opa! Desculpa.



Gilberto Granato

Um comentário:

Unknown disse...

Se esqueceu do óleo que vc fritou o ovo, ou será que vc fez no microondas???