terça-feira, 7 de julho de 2009

Ela

Agora sim, já me sinto mais a vontade em poder sentar e escrever sobre este assunto tão evitado por calvinistas e puritanos, mas que atormentou os meus pensamentos, ou seriam aposentos? Durante os últimos dias. Tudo isto, pois “ela”, assim carinhosamente chamada por mim, também chamada de plexo venoso anoretal pelos mais experimentados. E que me são de grande valia nesta vida, resolveram armar uma verdadeira revolução (que antes era apenas uns pedidos de greve) e me fizeram desabafar até com a empregada que ao ouvir a minha ladainha foreviana, achou melhor ficar em silêncio e cuidar do seu feijão.

Sempre achei que após os primeiros sinais controlaria bem a situação, com um pouquinho de sombra e água quente após os dias de estripulias, mas comecei a ver que o negócio era sério quando cheguei ao ponto de pedir a consorte, para ir a farmácia comprar algum calmante para a danada. (Hoje me arrependo deste ato). Se eu chegar até o final do tubo (coisa que acho que vai acontecer) vou até a drugstore mais próxima e encherei o peito para pedir tal insumo. Éh! Perdi a vergonha, que é uma condição psicológica que os fabricantes de medicamentos para tal finalidade, também não tem. Com certeza quem fabrica, é porque um dia já se trombicou também, conhece o troço a fundo, e bota fundo nisso, e porisso faz questão de colocar em letras gigantes e garrafais na embalagem, qual a finalidade do tratamento, de maneira que possa ser lida por idosos míopes a 100 metros de distância ou pelo seu sobrinho que está começando a ler no jardim, pois começo a achar, que quem tem este treco também tem problema nas vistas.

E aquela ponta extra que vem junto? Éh! Aquele bico tipo "tubo de maionese" que encaixa na rosca para ser inserido lá no.... no... no... lá mesmo onde você está pensando, ao ver aquilo me senti extremamente ultrajado, desmoralizado, afrontado, vê se pode usar um negócio daqueles? Por precaução, ele fica bem guardadinho, no fundinho da caixa, atrás da bula, lá embaixo da pia, que é para o caso de uma crise aguda eu não ter uma recaída, sabe cúmo é né, na hora do aperto, ou melhor, desleixo, a cabeça fica meio voada.

Por isto, a primeira coisa que se tem que fazer meu preocupado leitor, para assumir tal relação, ou melhor, dilatação, se um dia você sofrer deste infortúnio. É saber que você está diante de um amor pragmático: Pragma (do grego, "prática", "negócio") seria uma forma de amor que prioriza o lado prático das coisas. O indivíduo avalia todas as possíveis implicações antes de embarcar num romance. Se o namoro aparente tiver futuro, ele investe. Foi isto que fiz investi. Tanto que venho procurando opiniões em todas as esferas sociais, para aumentar meu conhecimento. Na última em pleno um churrasco de fim de semana, um amigo da onça, ou melhor, do proctologista, sugeriu que eu aproveitasse tal situação para fazer o “dois em um”, Dois em um? Indaguei sem saber. Sim, disse ele. Aproveite o ensejo para fazer a cirurgia e automaticamente faça o exame da próstata! Éh! Seria bem prático e até econômico, o que agradou a consorte, mas estou mesmo, é esperando chegar aos quarenta , assim como um bom homem de Neandertal, ou seria anoretal?

Desabafar faz um bem danado.

Mas continuo achando que o problema são as estripolias!

Preciso de mais cabelos brancos

Urgente.



Gilberto Granato

3 comentários:

Rodrigomau disse...

Gil,saiba que numa região ao sul do país,sendo mais preciso; Pelotas, a inflamação do plexo anorretal é tratada com LER, pelos especialistas.

Abração brodin...e vá se cuuidar rapá.

Unknown disse...

Cuidado que a dor e o amor andam juntos!!!! rsrsrsr.. Cara, vi o seu sofrimento e não queria isto pra mim de jeito nenhum... Melhoras...

Michele disse...

Pô cunhadim, apesar das nossas desavenças, fiquei muito compadecida do sofrimento.Só me preocupa essa coisa de dor e amor andarem juntas.
Força aí cara eu confio em vc!!!
Beijos!!!