sexta-feira, 8 de maio de 2009

Decida-se

Estava analisando a privada. Pois é, quem a procura analisa outras coisas (com vários sentidos, por favor). Mas o sentido em questão era o da tampa. Sim, com tampa ou sem tampa? Sempre usei com, mas a consorte herdou de seus descendentes o uso sem, foi uma controvérsia só aqui em casa, que ponderadamente usando de minha antropologia de meia-tijela, realmente notei que o trem tem sentido. Sincretiza a sovinice familiar dos imigrantes com a higiene. Ou seja, não se gasta com a tampa e não tem que limpar aquela espirradeira da macharada e a escatologia da criançada, pois só mulher sabe ir ao banheiro, o resto tenta até hoje sem sucesso.

E tá aí meu duvidoso leitor. Neste primeiro parágrafo toda a essência desta minha análise “tampiana” de início de fim de semana: As decisões desta vida! Todo mundo tem que escolher entre ter que abaixar e levantar a tampa, ou simplesmente não tê-la. E neste maroucismo teve gente que optou em ser de esquerda ao invés-de direita (com vários sentidos, por favor), os que optaram por bossa-nova em vez da tropicália, de usar o tênis com meia ou sem, crente ou ateu, ir pro mato ou ficar na cidade, tocar violão ou caminhar na praia por uma semana apenas, arquivar ou deletar esta crônica. Deu pra entender?

Tá rolando um churrascão dos descendentes de imigrantes lá na roça. Uma beleza! Sem tampa pra levantar e abaixar, higiene pura! Cheguei tarde em casa. É também opção chegar tarde ou cedo, entende? Então resolvi ficar escrevendo estas besteiras na frente do computador ao invés de ficar falando besteiras lá, após dar ou não descarga (é uma opção), entende ?

E você já se decidiu?

Só que depois agüenta o tranco ou as conseqüências, como queira.

Pois também se decide a palavra que se quer usar....

Deu pra entender?


Gilberto Granato
(Escreve no fundo, no fundo, com vontade de comer um tarugo de carne com gordura. Mas pode ser sem. È você quem decide.)

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