sexta-feira, 20 de março de 2009

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O grupo dos seis pronomes mais ricos do mundo e mais um artigo se encontraram novamente neste mês de março na morfológica cidade de Montijo - Portugal. Este grupo categoremático e convencido, que ainda mantém a tradição de reunir seus líderes todos os anos de acordo com suas funções na frase. Finalmente conseguiram conciliar as agendas lotadas de orações subordinadas, a fim de promoverem as novas mudanças gramaticais tão aguardadas.

Antes dos debates todos participaram de um momento ímpar de meditação a fim de deliberarem quem iria substituir ou determinar o nome da frase durante o evento. Logo em seguida o grupo dos pronomes pessoais pediram a voz e encaminharam a proposta de inclusão de mais uma pessoa além da terceira pessoa do plural. Pois Segundo eles, que por sinal é depois de “eles” que seria a tal proposta. A atual classificação é muito reta e antiga e segundo eles (olha ele denovo!) já estão cansados deste negócio de sempre estarem substituindo o coitado do sujeito e queriam na verdade participar mais do restante da frase. Mas o parecer acabou em pizza, ou melhor, sopa de letrinhas, pois não souberam explicitar bem qual seria o novo sujeito.

Os pronomes possessivos mais uma vez deram poucas demonstrações de cooperação, deixando de lado os cordiais pronomes de tratamento (vossa magnificência, vossa senhoria etc...) Para utilizarem de suas principais manobras centralizadoras: a de que tudo é meu, minha, nosso, nossa. O que gerou grande insatisfação por parte dos pronomes pobres do final da gramática. Os pronomes demonstrativos tentaram a todo custo incluir alguns pronomes emergentes da terceira edição da gramática subdesenvolvida no seleto grupo, tentando cutucar este, esse ou aquele líder mais revolvido para este grande avanço. Mas o grupo dos pronomes infefinidos emperraram a sugestão alegando não ser o momento apropriado para o debate devido a atual crise mundial ortográfica.

Os pronomes interrogativos e os pronomes relativos estavam ansiosos a procura de exclamações no final da frase durante todo o evento. Tudo isto por causa da assinatura pelos países participantes do “protocolo do qual”. Que demarca definitivamente a disputa do território na península variável pelos dois países. Ficou decidido que o “qual” sozinho tem seus limites geográficos em território interrogativo e “o qual” fica do lado dos relativos agora junto com o artigo, grande aliado que desde os primeiros fonemas já anda se misturando com os pronomes.

Desta forma foi encerrado mais um capítulo, ou melhor, mais um substantivo deste histórico, ou melhor, adjetivo encontro.



Gilberto Granato

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