sábado, 6 de dezembro de 2008

Os verbos

Se eu canto no presente. É porque estou movido pela alegria.
Agora se eu vendia no pretérito imperfeito. É porque de nada mais me valia.
Parti nesta escrita do pretérito perfeito simples. Sem rumo pra ver até aonde eu ia.

Pois tenho cantado no pretérito perfeito composto. Sempre que o vejo.
E não vendera no pretérito mais que perfeito. É apenas um lampejo para minha dissonante escrita.
Ao perceber já era tarde e havia partido no pretérito mais que perfeito composto. Neste sentimento de alacridade e português mal resolvido.

Cantarei no futuro do presente simples. Pois só consigo pensar em um dia venturoso.
Haverei vendido no futuro do presente composto. Todo o meu desgosto.
E assim partiria no futuro do pretérito simples. Deixando para trás um lindo colosso.

Teria cantado mais no futuro do pretérito composto. Se no modo subjuntivo tentasse um esboço.
Mas a sensatez do presente. Faz com que eu me toque e pare de te incomodar meu nobre leitor generoso.
Que você tenha um futuro simples. Cheio de alegrias assim como eu.
E não se deixe levar pelo modo imperativo. Afirmativo!
E saibas que particípio do seu passado
E espero te encontrar num gerúndio próximo.


Boa conjugação!



Gilberto Granato
(inspirado no livro de verbos da minha esposa de 1987)

Um comentário:

Unknown disse...

Falar que isto é uma verborragia no verdadeiro sentido da palavra seria ignorância de minha parte e por isto acabo de inventar um novo conceito: Verborragia: Utilização sucessiva dos verbos em um texto, sob o propósito de explicitar sentimento e provocar sentimento.
é isto aí meu amigo, keep walking!!!