quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

Segura um pouco

A corajosa prefeitura do rio tomou a dianteira. E foi no combate aos pequenos empresários fabricantes de uréia. Diz que no próximo carnaval, o folião que for pego com a boca na botija, ou melhor, a mão na válvula de escape na rua, será preso. A prefeitura alega que é falta de educação do cidadão, mas não disse nada a respeito de melhorar o ensino nas escolas. Já o bloco da continência urinária e o do “mamãe eu quero” que fica de fraudas e de chupeta durante o carnaval, estão aliviados com a notícia. A pena será de 6 meses a 2 anos, talvez, penso eu, dependendo do grau de odor do amoníaco liberado. E lá, atrás das grades, o infrator porcalhão aprenderá na marra a encontrar o alvo apropriado, com a ajuda de seus amigos de cela, sob o risco de ficar sem o “folião” para outros carnavais.

Além disto. Tal medida causará um grande impacto social que não foi pensado pelos nossos gestores: Com a nova lei terá que ter um “juizado de maiores”, para receber os homens e mulheres de bem, que terão suas esposas e maridos encarcerados, e é claro uma equipe multidisciplinar de recreadores, para distrair os filhos chorosos, que perderem seus pais para a necessidade fisiológica incontida. A faixa de areia da praia ficará menor. Afinal lá na água do mar, não tem como ter o flagrante, a não ser que o cidadão entre de óculos escuros no mar, pois quem entra de óculos escuros no mar é porque foi fazer xixi logicamente. Com isto o nível da água tende a subir e com menos areia da praia é mais gente na rua, e mais chance de um frondoso caule de árvore receber uma adubação desproporcional. A lei não fala nada sobre fazer nas calças. O que já é uma alternativa para ser pensada pelo carnavalesco que enfia o pé na jaca, o problema de tal ação será logicamente as assaduras e a incompatibilidade afetiva.

Não sei não, mas desde que o homem é homem, ele adquiriu este instinto de alternar os seus locais para aliviar a bexiga, a mensagem está dentro das nossas células. Ele pode variar pouco, como por exemplo, optar entre urinar na água da privada ou nas suas paredes laterais, dependendo da ocasião acústica. Veja os cães como se comportam, é através da urina que se comunicam, outros para não virarem presa usam a mesma para se defenderem, já outros jogam na torcida adversária para despertarem a ira alheia. Na verdade meu leitor, o fato é que o homem ainda não sabe o que fazer com sua urina, tem medo dela, não se aprofundou na sua utilidade, não aprendeu como reutilizá-la, ainda não é capaz de fornecer um destino adequado para os cidadãos, que leigos, fazem por aí, assim como eu. E ficamos assim...

Na esperança de que a ciência encontre um banheiro adequado.

Mesmo que seja vendo o sol quadrado.


Gilberto Granato, há muito tempo não faz um exame de urina.

Um comentário:

Unknown disse...

E se fizer sem segurar o bilau, vale???? Na verdade seria até melhor, pois se o cidadão apenas baixar as calças e continuar no ritmo carnavalesco com as mãos e os dedinhos para cima além de despistar vai se safar do flagrante já que só será preso que estiver com a "mão na válvula de escape". Isto sem contar que deve ser mais divertido!!!! ahahah