sábado, 24 de julho de 2010

Solidariedade

Tem petróleo vazando no mar! Lá em terra Yankee, mais precisamente no Golfo do México meu leitor. E já faz tempo, meses se não me engano, já nem lembro mais quando. E Vaza sem parar, já tentaram um bocado de coisa, exceto pedir ajuda é claro. Os homens de lá não sabem o que fazer. Mas não são só eles não. Na terra de Rubem Braga, a bairrista Cachoeiro de Itapemirim, nesta semana também passou por um aperto danado. Os moradores de um bairro da cidade reclamaram pela segunda vez no telejornal local, sobre a visita inoportuna de macacos, que insistem em visitar o telhado de uma moradora. A mesma ligou para a polícia ambiental, que disse não ser de sua responsabilidade, encaminhando-a para o centro de zoonoses, que sabiamente disse ser de responsabilidade do IBAMA, que prosaicamente mandou a moradora proteger sua casa com lençóis e a não manter contato com a ameaça peluda, sob o risco de um ataque. Pois os bichanos poderiam estar famintos fora de seu habitat, que provavelmente já deve andar sem comida já um bom tempo. O órgão responsável só disse isto, não disse se iriam capturá-los ou quem sabe afugentá-los de volta para a mata, os moradores estão preocupados, dizem que perdem o sono e se preocupam com as crianças. Os homens dali não sabem o que fazer. Duas histórias e o mesmo fim, ou melhor, histórias que não se acabam, que são perenes, que têm começo, meio e não têm final. È a “América para os Americanos” como dizia o Monroe, ele só se esqueceu do petróleo e dos macacos, que não sabem de quem são. E o petróleo? Continua lá vazando, vai lá ver; Os macacos brincando e esta crônica persiste solidária, continuará sem final, até que a macaquice do petróleo se resolva, ou quem saiba contenham o vazamento de macacos.


Gilberto Granato

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