domingo, 13 de setembro de 2009

Santo

Não entendo muito de santo não. Confesso que nem deveria entrar neste assunto, mas depois de uma semana cheia de sintomas esquisitos de uma “gripeviróticabronquiatiticastrética”, pois é este o neologismo que encontrei para estas enfermidades que médicos também desconhecem. Que desta vez começaram em forma de uma força centrífuga atacando meus pulmões em direção ao centro da terra, depois indo pros rins e que subiram até a nuca, de onde resolveram ir mais adiante pra cabeça deixando-a totalmente febril e oca de idéias. Não meu leitor, não usarei este trocadilho barato para falar da história do “santo do pau oco”, ou este ensejo patológico, para dizer que fui salvo pelo intermédio de algum santo e que se fui, fico muito agradecido pela intervenção. Mas prefiro continuar leigo no assunto, que é sinônimo de “laico”, o contrário de “clérigo” (cristão que não pertencia a hierarquia da igreja) coincidentemente a ver com o que li na coluna do Veríssimo hoje. Mas vamos direto aos fatos.

Para o cristianismo, são santos todos aqueles que foram convertidos e salvos por Jesus Cristo. Em Igrejas como a Católica, a Ortodoxa e a Anglicana, pessoas reconhecidas por virtudes especiais podem receber oficialmente o título de Santo. Esse título é uma espécie de "certificado de garantia" de que a pessoa está na graça de Deus (no céu), mas a falta desse reconhecimento formal não significa necessariamente que o indivíduo não seja um santo. Prestou bem atenção neste parágrafo meu leitor? Se não releia, pois ele é fundamental para o seguimento.

Domingo de manhã é dia de pegar a motoca, comprar o jornal e seguir para o clube. Onde tem a pelada mais disputada da cidade. No caminho é de praxe passar pelas faixas de segurança, onde é de obrigação e boa vontade do condutor parar para a passagem de pedestres. Até aí tudo bem, só que quando passo em frente a Igreja bem na hora do fim da missa, todos cidadões e cidadãs que daquele antro de fé saem, atravessam as ruas por todos os lados possíveis, de preferência fora da faixa e de forma lenta meu leitor, bem lenta, como se ainda comungassem, não chegam se quer a olhar para os dois lados para ver se vem algum veículo. Alguns ficam a esperar seus cumpadres bem no meio da rua e você que não para não pra ver a cara feia!

Eles acham que são santos!



Gilberto Granato é ateu não praticante.

Um comentário:

Unknown disse...

Manda eles pararem no meio da Reta da Penha que, se forem santos, irão direto para o lugar que lhes pertence; o CÈU!!!!!!!!