sexta-feira, 18 de setembro de 2009

Nû-kaganha

Você já viu esta palavra? Não? Pois os seus antepassados tupi-guaranis já. Era um instrumento de pesca, que não levava anzol, nem chumbada, nem conversa fiada. Apenas uma armadilha feita por mãos hábeis, através do trançado de uma fibra muito comum nas matas dos leitos dos rios. Onde a colocavam no fundo dos rios, preso a uma pedra e pronto. Dez minutos depois lá estava um saboroso peixe das profundezas. Acreditou? Claro que não né. Então deixa eu te explicar melhor.

Na verdade esta palavra se trata de um animal. Isto mesmo, e do cerrado. Seu nome científico é “Tapira Ciscus” é um mamífero que pesa entre 30 e 45 quilos, encontra-se com maior freqüência em subsistema de veredas, ambientes alagadiços e matas ciliares. Apresenta três dedos nas patas, orelhas compridas e rabo grande. Alimenta-se de pequenos roedores e tem o habito noturno. A fêmea se difere do macho apenas por ter o rabo mais comprido e pelo maior número de pintas no corpo. São solitários, só são vistos juntos durante o acasalamento. Não é isto meu leitor? Resolvida a dúvida? Que nada né. Só estou tomando o seu precioso tempo. Então deixa eu desvendar este mistério logo.

Você deve se lembrar da Birmânia não lembra? Hoje Nyanmar entre a índia e a China? Pois é. Este é o nome da sexta maior cidade que fica no sudoeste do País. Capital da divisão de Tenassarim, situada ao sul de Yagon ex-capital, com população de 319.063 habitantes, vive de indústrias madeireiras e da lembrança de cronistas sem terem nada melhor pra escrever. Tá explicado? Convenci? Bulufas né! Então vamos encerrar de uma vez por todas esta falta de respeito com o atribulado leitor.

Sabe aquele trabalhador (ou cronista) metido a jogar bola, que toda semana insiste em calçar as chuteiras e maltratar o gramado? Pois é. Ele se esforça, grita com os companheiros, chama a atenção do juiz, perde o fôlego, acaba com a elasticidade dos meiões e no final daquela confusão toda, o resultado no placar é sempre negativo? Pois bem. Aí vem o adversário e diz pra ele que: “Ele nû-kaganha uma pelada”. Pronto, Tá explicado meu leitor. Nû-kaganha!


Com neologismo, por favor.



Gilberto Granato

2 comentários:

Unknown disse...

Gilberto, vc sabe que a real tradução do indígena para o portugués de Tapira ciscus é Merda de Vaca o que realmente combina com o Nu kaganha. É como se fosse um esterco de vaca no campo..rsrsrsrsr.
Mas com 30 a 45 quilos e três dedos eu pensei em uma anta. De qualquer maneira uma anta combina também com o nu kaganha. Outros dizem: Ele é uma anta em campo!! rsrsrsr
Só nunca pensei que o nu kaganha poderia ser vc!!! ahahahha

Fui............

Rodrigo Mau disse...

Carai...era melhor vc falar do meu fogão...no brasileirão Nu-Kaganha PORRA ninhuma...auahuauaha