- Não.
- Claro que é meu amigo! O que fazes sentado aqui na praça?
- Estou relembrando.
- Os nossos velhos tempos?
- Não. As mulheres que já tive Tô escrevendo um texto pro jornal.
- Maravilha, você lembrou da Nina, que pra conversar com a gente sempre encostava os peitos nos nossos cotovelos?
-Nunca beijei a Nina. No momento tô relembrando a Kenya, que me enchia de chupões no pescoço e depois desfilava com a minha inocência na rua. Já falei da Roberta que me suplicava beijos de vinte segundos, que até hoje não consegui entender porque, a Camila onde eu travava uma verdadeira negociação marroquina para ver até aonde os meus dedos podiam apalpar aquela seda toda, a Júlia que adorava suspirar no meu ouvido e o pior era que ela achava que eu gostava. A Verônica que não gostava de mim, mas na falta não vivia sem mim, a Sofia que adorava Chico Buarque e sexo no elevador de serviço, A Estéfani que colocava...
- A mão por entre as cuecas dos meninos, quando dançava música lenta.
- Não. Não era a Estéfani era...
- Era sim Osvald.
- Não era não, era...
- Não é ela que vivia de arco no cabelo e usava aquele perfume stileto?
- Gutemberg essa era a Gigi minha esposa.
- A Gigi por acaso tem pinta bem no meio da virilha?
- Gutemberg?
- Oi!
- Corre!
Arawãkanto'i Tapirapé